Bruno Senna destaca o espírito de equipe como grande aprendizado com as corridas de Endurance.
Com grande possibilidade de um futuro brilhante na Fórmula 1, o piloto Bruno Senna aguarda as definições políticas entre FIA e equipes para negociar uma vaga para 2010. Enquanto isso, o brasileiro utiliza as corridas de endurance como preparação para alcançar seu objetivo maior. Ao nos encontrarmos para a entrevista, posso resumir Bruno como um jovem sério, sorridente e feliz com o que faz.
Meu primeiro encontro com ele foi em Pau, no ano de 2006. Sobrinho do lendário tri-campeão Ayrton, o jovem paulista tinha 22 de idade e fazia sua terceira temporada de Automobilismo. Ele então começou a ganhar corridas na F3, em face dos mais experientes pilotos e a obter destaque na mídia. Bom lembrar que, após a morte de Ayrton, sua mãe Viviane vetou qualquer participação do filho em corridas de automóveis. O menino cresceu, estudou e, finalmente, a revelou o desejo de voltar a competir, pois sua paixão pelo esporte falava mais alto. Para o público, inicialmente, se tratava apenas do sobrinho do tri-campeão mundial do Brasil, utilizando o capacete com o mesmo desenho e as mesmas cores, com o mesmo olhar determinado por detrás da balaclava...
Hoje, na opinião não só do público, como também da imprensa especializada as coisas mudaram, pois Bruno passou a ser valorizado como piloto, por seus resultados alcançados em um curto espaço de tempo e não mais apenas como sobrinho do tri-campeão mundial. O próprio piloto reconhece seu avanço: "Eu aprendi muito nos últimos três anos. E também posso afirmar que sou um piloto completamente diferente daquele que retomou a carreira, pois evolui em muitos aspectos, tais como na capacidade de desenvolver o carro,nas relações com a equipe, enfim, posso afirmar que tenho muito mais confiança nas minhas próprias capacidades".Depois de duas temporadas na GP2 Series, inclusive com o vice-campeonato em 2008, Senna parecia pronto para a Fórmula 1. No entanto, a saída surpreendente da Honda mudou seus planos. Então, como parte do programa de desenvolvimento para alcançar a categoria máxima na próxima temporada, Bruno passou a dedicar-se às corridas de Endurance, pilotando os velozes protótipos. Para tanto, escolheu defender as cores da equipe Oreca em 2009, não só na Le Mans Series, como também participar das tradicionais 24 Horas de Le Mans.
AUTOHEBDO - Quando e como você entrou em contato com Hugues de Chaunac, chefe da equipe Oreca?BRUNO SENNA: Hugues contatou a minha irmã Bianca, que também é a minha empresária, pouco antes do Natal, no inverno europeu do ano passado. Naquele momento havia uma boa chance de eu fechar com a Honda. Por isso, nós não desenvolvemos esta idéia, concentrando todos nossos esforços na F1. Quando a Honda se retirou e o Ross Brawn assumiu a equipe e fez a escolha pelos pilotos, retomamos o contato. Tenho certeza de que esta foi a melhor opção, porque se trata de uma grande equipe, reconhecida como tal, de modo que está sendo um grande aprendizado.
Com grande possibilidade de um futuro brilhante na Fórmula 1, o piloto Bruno Senna aguarda as definições políticas entre FIA e equipes para negociar uma vaga para 2010. Enquanto isso, o brasileiro utiliza as corridas de endurance como preparação para alcançar seu objetivo maior. Ao nos encontrarmos para a entrevista, posso resumir Bruno como um jovem sério, sorridente e feliz com o que faz.
Meu primeiro encontro com ele foi em Pau, no ano de 2006. Sobrinho do lendário tri-campeão Ayrton, o jovem paulista tinha 22 de idade e fazia sua terceira temporada de Automobilismo. Ele então começou a ganhar corridas na F3, em face dos mais experientes pilotos e a obter destaque na mídia. Bom lembrar que, após a morte de Ayrton, sua mãe Viviane vetou qualquer participação do filho em corridas de automóveis. O menino cresceu, estudou e, finalmente, a revelou o desejo de voltar a competir, pois sua paixão pelo esporte falava mais alto. Para o público, inicialmente, se tratava apenas do sobrinho do tri-campeão mundial do Brasil, utilizando o capacete com o mesmo desenho e as mesmas cores, com o mesmo olhar determinado por detrás da balaclava...
Hoje, na opinião não só do público, como também da imprensa especializada as coisas mudaram, pois Bruno passou a ser valorizado como piloto, por seus resultados alcançados em um curto espaço de tempo e não mais apenas como sobrinho do tri-campeão mundial. O próprio piloto reconhece seu avanço: "Eu aprendi muito nos últimos três anos. E também posso afirmar que sou um piloto completamente diferente daquele que retomou a carreira, pois evolui em muitos aspectos, tais como na capacidade de desenvolver o carro,nas relações com a equipe, enfim, posso afirmar que tenho muito mais confiança nas minhas próprias capacidades".Depois de duas temporadas na GP2 Series, inclusive com o vice-campeonato em 2008, Senna parecia pronto para a Fórmula 1. No entanto, a saída surpreendente da Honda mudou seus planos. Então, como parte do programa de desenvolvimento para alcançar a categoria máxima na próxima temporada, Bruno passou a dedicar-se às corridas de Endurance, pilotando os velozes protótipos. Para tanto, escolheu defender as cores da equipe Oreca em 2009, não só na Le Mans Series, como também participar das tradicionais 24 Horas de Le Mans.
AUTOHEBDO - Quando e como você entrou em contato com Hugues de Chaunac, chefe da equipe Oreca?BRUNO SENNA: Hugues contatou a minha irmã Bianca, que também é a minha empresária, pouco antes do Natal, no inverno europeu do ano passado. Naquele momento havia uma boa chance de eu fechar com a Honda. Por isso, nós não desenvolvemos esta idéia, concentrando todos nossos esforços na F1. Quando a Honda se retirou e o Ross Brawn assumiu a equipe e fez a escolha pelos pilotos, retomamos o contato. Tenho certeza de que esta foi a melhor opção, porque se trata de uma grande equipe, reconhecida como tal, de modo que está sendo um grande aprendizado.
AH - Mais perto de F1, em termos de direção, a GP2 Series não seria uma prioridade? Por que você optou pelas corridas Endurance?BS - Acho que já provei minhas capacidades na GP2. Eu preferi as corridas de Endurance e, como a Oreca tinha me proposto um programa técnico interessante, e sendo uma equipe de alto nível, aceitei o desafio. É uma excelente maneira de aprender mais. A abordagem da corrida é também muito diferente. Você deve ter muito cuidado com o tráfego intenso, priorizar a estratégia em prol da equipe... Enfim, as corridas de endurance trazem novas experiências que serão muito benéficas no futuro.
AH - Qual o principal ensinamento que você leva das corridas de Endurance?BS – O espírito de equipe. Você deve estar perto de seu companheiro, ou seja, precisa promover um diálogo em total harmonia. E mesmo se você está competindo com o outro carro do seu time, também existe uma colaboração entre os pilotos, uma vez que o objetivo principal é fazer o melhor para ambos os carros. Esta é a maior lição que aprendi na categoria.
AH - Qual o principal ensinamento que você leva das corridas de Endurance?BS – O espírito de equipe. Você deve estar perto de seu companheiro, ou seja, precisa promover um diálogo em total harmonia. E mesmo se você está competindo com o outro carro do seu time, também existe uma colaboração entre os pilotos, uma vez que o objetivo principal é fazer o melhor para ambos os carros. Esta é a maior lição que aprendi na categoria.
AH - Qual é a sua relação com Stéphane ORTELLI e Tiago Monteiro, a sua equipa nas 24 Horas de Le Mans?BS - Eu não conhecia o Stéphane. Uma vez apresentados e passando a trabalhar como ele na mesma equipe, posso dizer que, imediatamente, nos tornamos amigos. Com relação ao Tiago, não posso te responder ainda (a entrevista foi concedida em Spa-Francorchamps, no dia 09 de maio), mas penso que teremos uma vantagem ainda maior, pois falamos o mesmo idioma, o que facilitará nossa comunicação.
AH - Le Mans é significativa para você? Era um sonho para participar?
BS - Desde a minha infância pensava nas 24 horas como um desafio único. Ficava impressionado com a coragem dos pilotos de guiarem em velocidades altíssimas naquele traçado. Eu sempre pensei que esta prova corresponde ao maior desafio a ser enfrentado em competições automobilísticas. Estou muito feliz por participar e ciente de todas adversidades que irei enfrentar: guiar a noite, a gestão do estresse ao longo do tempo, o cansaço... Por isso, estou ansioso para estar lá.
AH - Le Mans é significativa para você? Era um sonho para participar?
BS - Desde a minha infância pensava nas 24 horas como um desafio único. Ficava impressionado com a coragem dos pilotos de guiarem em velocidades altíssimas naquele traçado. Eu sempre pensei que esta prova corresponde ao maior desafio a ser enfrentado em competições automobilísticas. Estou muito feliz por participar e ciente de todas adversidades que irei enfrentar: guiar a noite, a gestão do estresse ao longo do tempo, o cansaço... Por isso, estou ansioso para estar lá.
AH - Seu tio também manifestava interesse pelo evento?BS - Sim, tenho certeza. Ele tinha realizado testes com a Porsche no circuito Nurburgring, mas, inicialmente, centrou-se na F1. Se não tivesse desenvolvido sua carreira lá, certamente teria passado a correr de protótipos.
AH - Alguma vez você já visitou o grande circuito das 24 Horas?
BS - Ainda não, mas irei com a maior brevidade possível. No entanto, não é totalmente desconhecido, pois já percorri centenas de voltas no vídeo game e posso dizer que conheço cada curva do traçado (risos).
Relaxado, sorridente, rápido, este menino tem um futuro brilhante. Seja em Le Mans, ou noutro local...
Entrevista realizada pelo jornalista STÉPHANE ENOUT para a AUTOHEBDO Nº 1703, publicada em 3 de junho de 2009. Texto original em francês, traduzido com auxílio de um tradutor eletrônico. Logo, poderá conter algumas imprecisões. Para conferir a matéria original, acesse o site da AUTOHEBDO:http://www.autohebdo.fr/endurance/le-mans/article-27-5-735/030609-bruno-senna-l-esprit-d-equipe-
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